Análise SiriusRAD – Diagnóstico por Imagens a Distância (Telerradiogia): passado, presente e futuro.

Com o avanço da tecnologia mundial nas últimas décadas foram atingidas diversas áreas, sendo uma delas a telerradiologia. Na década de 70 nos Estados Unidos, começaram os primeiros passos no âmbito do diagnóstico por imagens a distância, ou seja, imagens com o poder de transmissão de uma localização para outra em questão de segundos.

Passado:

O início foi um pouco complicado, por falta de investimento não conseguiram alavancar o projeto inicial da telerradiologia. Entretanto, essa área retornou com ainda mais força na década de 80. O avanço da tecnologia, principalmente no desenvolvimento de computadores, softwares e hardwares, impulsionou e possibilitou sua comercialização.

Com a internet e com os aprimoramentos dos meios de comunicação, arquivamento de imagens (Picture Archiving and Communications System – PACS), sistemas de informação e gerenciamento em radiologia (Radiology Information System – RIS), estabeleceu-se um padrão, ficando assim ainda mais fácil a comunicação entre clínicas/hospitais.

Presente:

Nos dias atuais, principalmente por conta da pandemia, houve um aumento significativo do uso da telerradiologia, devido a necessidade de distanciamento entre paciente e médico, para minimizar as chances de contágio pelo coronavírus.

Contudo, há uma dificuldade em ter especialistas a disposição, e em muitos lugares houve uma falta de médicos radiologistas presentes para atendimentos, ainda mais pela alta demanda, e é aí que entra a telerradiologia.

No Brasil, por exemplo, atuam cerca de 8.000 radiologistas (dados de 2013, porém sem muita alteração), mas há uma grande concentração de médicos no sudeste, sul e centro-oeste do país, com os estados do nordeste e norte sofrendo um déficit desses profissionais.

Os sistemas de diagnóstico por imagens a distância conseguiram adentrar nesses territórios com baixo índice de médicos e equipamentos, disponibilizando mais atendimentos e agilidade para laudos mais efetivos.

Na Europa, Portugal é um dos quatro países do mundo com um plano estratégico para investir nas consultas à distância. Uma doença pulmonar obstrutiva crônica, quase complicou a vida de um atleta amador e campeão de pesca, e de um padre. Os dois foram tratados com a ajuda da telemedicina, e voltaram a fazer suas atividades normalmente.

Futuro:

O crescimento da telerradiologia é algo de se esperar, e que já vem acontecendo. Com o avanço tecnológico, a inteligência artificial (IA) vem dominando o mercado e está cada vez mais perto do nosso cotidiano, como por exemplo: Alexa, Siri, DeepText e a Cortana. E não seria diferente na vida dos radiologistas.

Com base no aprendizado das máquinas, a IA será utilizada no reconhecimento de imagens auxiliando no diagnóstico, aumentando ainda mais a eficiência e produtividade do radiologista.

No ano 2021 uma desenvolvedora de ráios-X digital Norte Americana, está concluindo um acordo de compra de duas empresas, uma de Inteligencia Artificial e outra de telerradiologia por um total de US $230 milhões.

Além do reconhecimento das imagens o que mais essa inteligência pode nos ajudar?

Ela pode, por exemplo, identificar exames normais e alterados, podendo ainda dar tal prioridade a eles, ou até mesmo distribuir e categorizar exames para os médicos, como: exames mais complexos e exames mais simples.

O futuro da telerradiologia terá a IA como a sua principal arma, trazendo ainda mais agilidade, confiabilidade, e eficiência para nossos sistemas, podendo ajudar e fornecer essas ferramentas para países com dificuldades no ramo da telemedicina.