Entre de 1972 e 1975, nos Estados Unidos, uma das principais empresas Norte Americana, iniciou um projeto em uma reserva indígena, no Arizona, o qual transformou e ainda vem transformando o mundo no âmbito da radiografia a distância, o que se deu ao surgimento da telerradiologia.
Com o intuito de realizar radiografias em um lugar de pouca tecnologia e difícil acesso, foi financiado esse projeto, onde uma van equipada com um aparelho de raio-x portátil se comunicava remotamente com uma equipe de médicos de um hospital de São Francisco. Alguns outros projetos existiram, porém com o baixo financiamento não conseguiram dar continuidade.
Avanço Tecnológico:
Na década de 70 e ganhando ainda mais força na década de 80, a tecnologia vinha em constante avanço, principalmente no desenvolvimento de computadores, softwares e hardwares, o que impulsionou e possibilitou a comercialização da telerradiologia.
Em vista da década passada, houve uma mudança gigantesca na telerradiologia em relação à atualidade. Com a internet e com os aprimoramentos dos meios de comunicação, arquivamento de imagens (Picture Archiving and Communications System – PACS), sistemas de informação e gerenciamento em radiologia (Radiology Information System – RIS), ficou ainda mais fácil e começou a intensificar bastante a telerradiologia, principalmente nos Estados Unidos!
Surgimento da Telerradiologia no Brasil:
No Brasil a telerradiologia aumenta a sua força em meados dos anos 2000, quando o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), fundado em 1948 em São Paulo, criou em 2005 seu primeiro conselho para abordar esse assunto. Foi discutido sobre o que seria ético, como poderíamos trabalhar da melhor maneira possível e principalmente como seria essa relação entre médico e paciente.
Com o resultado de alguns estudos vimos que os benefícios e vantagens da telerradiologia são enormes. Fica muito mais fácil para um serviço de radiologia que esteja em uma cidade do interior, na qual muita das vezes sofre com a falta de tecnologia, especialidades médicas, e até mesmo de mobilidade de pacientes, ter o exame visto por um especialista capacitado de grandes centros.
Alberto Cardoso, 54 anos, teve um infarto enquanto estava internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho-DF, em novembro de 2020. Com a agilidade no atendimento e a comunicação rápida entre os médicos via computadores, Alberto conseguiu se recuperar. “Se não fosse pela telemedicina, eu não estaria vivo”, reconhece Alberto sobre o serviço.
Portanto, como conseguimos essa leitura de laudos e determinados tipos de exames? Isso se dá através da digitalização das imagens, que são levadas para a nuvem e por meio do nosso sistema, o médico acessa essas imagens e pode concluir o laudo.
Deve haver um rigoroso critério de armazenamento e distribuição dessas imagens, existindo uma série de normas que possibilitam sua segurança, como por exemplo, o modelo “Digital Imaging and Communications in Medicine (Comunicação de imagens Digitais em Medicina)”, criado para essa regulamentação.